TJ tenta maquiar greve para receber Gilmar Mendes

TJ tenta maquiar greve para receber Gilmar Mendes


No intuito de abafar a greve dos servidores do Poder Judiciário, deflagrada a cerca de dez dias, o desembargador Paulo Cunha propôs “trégua”, para que as negociações fossem levadas ao conhecimento do Conselho Nacional Justiça (CNJ).

No entanto, esta seria mais uma manobra da “cúpula” do TJ, para minimizar os efeitos da paralisação. Desta vez os desembargadores estão preocupados em garantir que a visita do presidente do CNJ Gilmar Mendes, prevista para acontecer na próxima sexta-feira (27.11) – para inauguração do Sistema Integrado de Mandado de Prisão, (Simp), acontecesse em um ambiente de repleta paz e sem manifestações.

 

Por sua vez, os servidores que reivindicam melhorias como: progressão de nível de carreira, pagamento de passivos, como 10 dias de férias vencidos, licença-prêmio convertida em espécie, adicional por tempo de serviço - prometem não participarem deste “jogo de cena” e estão dispostos a fazer barulho para que o chefe da Suprema Corte, tenha conhecimento dos problemas enfrentados pela categoria. Os servidores permanecem acampados em frente ao Fórum da Capital, local onde acontecerá a solenidade, prevista para ocorrer às 17 horas.

 

De acordo com o presidente do Sindicato do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, caso Gilmar Mendes não compareça a cerimônia de inauguração será mais uma demonstração que o TJ tenta esconder do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) as deficiências decorrentes da greve. Com a paralisação somente os serviços de urgência estão sendo executados, com apenas um oficial de justiça e um escrivão disponível para cada Comarca.

 

“Acredito que ele (Gilmar Mendes), pode se frustrar com o cumprimento da Meta 2 no Estado” enfatiza Rosenwal em uma menção ao projeto estabelecido pelo CNJ, que traça metas a serem alcançadas pelo Judiciário no ano de 2009, para proporcionar maior agilidade e eficiência à tramitação dos processos.

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