TJ tenta maquiar greve para receber Gilmar Mendes
No intuito de abafar a greve dos servidores do Poder Judiciário, deflagrada a cerca de dez dias, o desembargador Paulo Cunha propôs “trégua”, para que as negociações fossem levadas ao conhecimento do Conselho Nacional Justiça (CNJ).
Por sua vez, os servidores que reivindicam melhorias como: progressão de nível de carreira, pagamento de passivos, como 10 dias de férias vencidos, licença-prêmio convertida em espécie, adicional por tempo de serviço - prometem não participarem deste “jogo de cena” e estão dispostos a fazer barulho para que o chefe da Suprema Corte, tenha conhecimento dos problemas enfrentados pela categoria. Os servidores permanecem acampados em frente ao Fórum da Capital, local onde acontecerá a solenidade, prevista para ocorrer às 17 horas.
De acordo com o presidente do Sindicato do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, caso Gilmar Mendes não compareça a cerimônia de inauguração será mais uma demonstração que o TJ tenta esconder do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) as deficiências decorrentes da greve. Com a paralisação somente os serviços de urgência estão sendo executados, com apenas um oficial de justiça e um escrivão disponível para cada Comarca.
“Acredito que ele (Gilmar Mendes), pode se frustrar com o cumprimento da Meta 2 no Estado” enfatiza Rosenwal em uma menção ao projeto estabelecido pelo CNJ, que traça metas a serem alcançadas pelo Judiciário no ano de 2009, para proporcionar maior agilidade e eficiência à tramitação dos processos.