Duas datas, com Unemat
Concorrentes às 10.086 vagas ofertadas em MT serão divididos para realizar as provas em 31 de janeiro e 21 de fevereiro
Foi com o pedido de desculpas à sociedade pelos erros cometidos no último domingo que o governador do Estado, Blairo Maggi, anunciou ontem as novas datas para o maior concurso público já realizado em Mato Grosso. Candidatos às vagas da área de Educação devem fazer a prova no dia 31 de janeiro e, às demais áreas, no dia 21 de fevereiro. A divisão das datas se deu em atendimento ao pedido do Ministério Público Estadual, diante dos atropelos e prejuízos causados aos mais de 270 mil inscritos no concurso que não conseguiram efetivar o processo seletivo.
A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), porém, não deixará de realizar as provas do concurso. Blairo foi taxativo ao afirmar que não mudaria a instituição realizadora do certame para não “jogar no lixo” a história da universidade. O afastamento da Unemat também foi recomendado ao governo pelo MPE. No início da semana, o promotor de Defesa da Cidadania, Alexandre Guedes, disse que acionaria o Estado judicialmente, caso a instituição fosse mantida no certame. Através de sua assessoria de imprensa, o MPE afirmou ontem que estuda qual medida deve ser adotada contra o governo, diante da manutenção da Unemat.
O Ministério Público, através do Gaeco, ainda investiga a possibilidade de fraude cometida supostamente por alguns servidores da universidade, cujos computadores foram apreendidos em Cáceres. Dois promotores de justiça da cidade estão no comando dos trabalhos de perícia em quatro equipamentos. O resultado deve sair entre hoje e amanhã. Além dessa investigação, também são apurados os 40 registros de queixas feitos pelos concorrentes às 10.086 vagas no domingo, quando o concurso não se concretizou, nas delegacias de polícia. A apuração está por conta da equipe do delegado Wilton Massao Ohara, da Delegacia Fazendária, que espera cruzar as informações com o material levantado pelo Gaeco.
Está na possível comprovação de ter havido fraude no concurso a única possibilidade, considerada remota pelo governo, de a Unemat ser retirada do processo seletivo. “Até o momento, não há materialidade de crime, mas haverá o encontro de informações (com o Gaeco) para saber se houve ou não fraude”, disse Ohara. Em virtude da hipótese de fraude, a reitoria da Unemat anunciou que afastou da coordenação do exame três servidores que podem estar envolvidos.
EM CONJUNTO - O governo aposta, conforme Blairo Maggi, na atuação de servidores das diversas pastas do Estado na logística do concurso para que não voltem a acontecer problemas como os registrados no domingo: provas trocadas, candidatos sem local de prova, entre outros. Isso porque estará a cargo da execução das medidas práticas do concurso – escolha e preparação de fiscais, escolha dos locais de prova, distribuição – a Secretaria de Estado de Administração, compartilhando com a Unemat a responsabilidade pela execução do certame. As provas serão elaboradas e corrigidas pela universidade.
“Vamos convocar a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros, enfim, servidores que puderem colaborar para formar uma equipe de elite, de ‘gabarito’ para realizar o concurso. Temos que aprender com os erros cometidos”, disse Maggi, afirmando ter tranquilidade de que as falhas não voltarão a acontecer.
O gasto inicial previsto para o concurso – o governo repassou de R$ 13 milhões à Unemat - será mantido. Segundo o governador, a instituição, no papel de empresa contratada, teria lucro com a execução da concorrência, o que chamou de “gordurinhas”, que agora será destinado a cobrir as despesas que ainda virão com a nova data. Também está mantida a data limite, abril de 2010, para convocação dos aprovados em algumas carreiras que serão chamadas prioritariamente.
O Ministério Público, através do Gaeco, ainda investiga a possibilidade de fraude cometida supostamente por alguns servidores da universidade, cujos computadores foram apreendidos em Cáceres. Dois promotores de justiça da cidade estão no comando dos trabalhos de perícia em quatro equipamentos. O resultado deve sair entre hoje e amanhã. Além dessa investigação, também são apurados os 40 registros de queixas feitos pelos concorrentes às 10.086 vagas no domingo, quando o concurso não se concretizou, nas delegacias de polícia. A apuração está por conta da equipe do delegado Wilton Massao Ohara, da Delegacia Fazendária, que espera cruzar as informações com o material levantado pelo Gaeco.
Está na possível comprovação de ter havido fraude no concurso a única possibilidade, considerada remota pelo governo, de a Unemat ser retirada do processo seletivo. “Até o momento, não há materialidade de crime, mas haverá o encontro de informações (com o Gaeco) para saber se houve ou não fraude”, disse Ohara. Em virtude da hipótese de fraude, a reitoria da Unemat anunciou que afastou da coordenação do exame três servidores que podem estar envolvidos.
EM CONJUNTO - O governo aposta, conforme Blairo Maggi, na atuação de servidores das diversas pastas do Estado na logística do concurso para que não voltem a acontecer problemas como os registrados no domingo: provas trocadas, candidatos sem local de prova, entre outros. Isso porque estará a cargo da execução das medidas práticas do concurso – escolha e preparação de fiscais, escolha dos locais de prova, distribuição – a Secretaria de Estado de Administração, compartilhando com a Unemat a responsabilidade pela execução do certame. As provas serão elaboradas e corrigidas pela universidade.
“Vamos convocar a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros, enfim, servidores que puderem colaborar para formar uma equipe de elite, de ‘gabarito’ para realizar o concurso. Temos que aprender com os erros cometidos”, disse Maggi, afirmando ter tranquilidade de que as falhas não voltarão a acontecer.
O gasto inicial previsto para o concurso – o governo repassou de R$ 13 milhões à Unemat - será mantido. Segundo o governador, a instituição, no papel de empresa contratada, teria lucro com a execução da concorrência, o que chamou de “gordurinhas”, que agora será destinado a cobrir as despesas que ainda virão com a nova data. Também está mantida a data limite, abril de 2010, para convocação dos aprovados em algumas carreiras que serão chamadas prioritariamente.
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