
Sindicato de Servidores confirma que ira realizar várias piquetes na cidade
Servidores do Poder Judiciário, em greve desde o dia 16 de novembro, preparam para a próxima semana uma grande manifestação para mostrar a população as razões do movimento. A idéia é na quinta-feira (10), depois de saírem do Fórum da Capital, e percorrerem o Centro Político Administrativo, descerem até a Avenida do CPA e a interditarem.
Como não haverá expediente na segunda e terça-feira, o movimento se concentrará no fórum a partir do meio dia de quarta-feira", anunciou o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Rosenwal Rodrigues.
A expectativa dos servidores quanto a uma reunião que seria realizada em Brasília, entre representantes do Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça, não se confirmou. O encontro não aconteceu e uma das razões seria a ausência do corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, que viajou para o exterior. Mas os servidores acham que o TJ não demonstra interesse em resolver o impasse, já que depois de 18 dias houve até agora apenas duas reuniões..
O trabalhador não suporta mais o descaso. Alguém vai ter que intervir, mas esta situação reforça ainda mais o movimento, que deve estar chegando a 100%", afirmou Rosenwal. No Estado são 5.500 servidores que reivindicam antigas dívidas do TJ, entre as quais o pagamento de plantões de fim de semana, da licença prêmio, de 10 dias das férias que são vendidas e o tribunal não paga.
Com o feriadão que se aproxima para o Poder Judiciário (segunda, 7, é ponto facultativo e terça, 8, é o Dia da Justiça), os servidores, que fizeram ontem à tarde mais manifestações em frente ao fórum, se despediram e foram para suas casas. Com o salário de novembro garantido, os servidores prometem estar novamente em frente ao fórum ao meio dia da próxima quarta-feira. "Eles querem nos vencer pelo cansaço, mas não vão conseguir", disse Enil da Silva Maia, 50. "Temos consciência que a população está sendo prejudicada com esta greve, mas o que fazer, se o tribunal, que faz a justiça, não faz justiça com seus próprios trabalhadores?", indagou o presidente.