A greve continua

A greve continua

Rosenval viaja mais uma vez a Brasilia para fazer defesa oral, diante do Conselho Nacional de Justiça, do imediato pagamento dos direitos dos servidores do


Mesmo tendo contra si o parecer do ministro Gilson Dipp, divulgado neste início de semana, os servidores do Judiciário de Mato Grosso não se rendem. Dipp argumenta que é preciso o parecer detalhado dos técnicos do CNJ e do TCU para definir o pagamento dos atrasados aos servidores. Os servidores, todavia, acampados diante do Forum de Cuiabá e com uma greve que paralisa 95 por cento das comarcas, pelo Mato Grosso a dentro, acreditam na força de seu movimento e na capacidade de argumentação do presidente do seu Sindicato, o oficial de Justiça Rosenval Rodrigues. Nesta terça-feira, mais uma vez, Rosenval estará em Brasília, no plenário do Conselho Nacional de Justiça e vai pedir inversão de pauta e brigar para que a discussão dos ministros sobre o pagamento previstos no Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração dos servidores seja um dos primeiros pontos de pauta e que ele possa fazer a defesa oral dos interesses de seus representados. E que os ministros entendam que os servidores do Judiciário mato-grossense já esperaram demais para ver atendidas as suas reivindidações de justiça salarial. Muitos magistrados, antes das investigações do CNJ, receberam suas verbas extras. A maioria dos servidores, todavia, ficou de fora, submetidos a um crescente e impiedoso processo de arrocho salarial. Na greve deste final de ano, que completará um mês no próximo nesta quarta-feira, dia 16 de dezembro, os servidores, de acordo com o que tem dito Rosenval, estão jogando a sua vida. "A exploração sobre uma categoria como a nossa não pode demorar tanto tempo", dizia ontem, sob forte chuva, no acampamento da greve, uma servidora. A esperança dos servidores, nesta terça-feira, se chama Rosenval Rodrigues. O julgamento do CNJ será acompanhado pelos acampados através de um telão. Eles estarão mais uma vez unidos porque a esperança de quem luta nunca morre.

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