Greve ameaça ano letivo do Estado

Greve ameaça ano letivo do Estado

Gleid Moreira - Reportagem local


O ano letivo para alunos da rede estadual de ensino poderá ser comprometido com uma paralisação dos professores, caso o governo não cumpra integralmente o acordo firmado com os professores da rede, durante as negociações da última greve, ocorrida em abril de 2008. As informações são do presidente do Sindicato da categoria, Gilmar Soares, que ainda alega que o piso salarial para educadores com Ensino Médio, que deveria ser de R$ 1.050 desde setembro do ano passado, continua no valor de R$ 966.

Segundo o presidente do sindicato, no acordo firmado durante a última paralisação, o Governo do Estado teria se comprometido a fazer repasse da receita para a categoria, o que elevaria o piso para R$ 1.050. Gilmar afirma que o valor já deveria estar sendo pago desde o mês de setembro do ano passado e que, se não for pago na folha de janeiro deste ano, possivelmente haverá indicativo de greve a partir do dia 9 de fevereiro e o ano letivo, consequentemente, nem mesmo começaria.


Disse que os professores já avaliam a questão e que, nos dias 7 e 8 de fevereiro, haverá reunião do Conselho Representativo, além de uma assembléia geral que acontecerá no dia 9, na qual será confirmado o indicativo de greve. Gilmar avalia que a receita é crescente, portanto, haveria sim, condições dos repasses já terem sido realizados, para que o salário alcançasse o piso pleiteado.


Embora afirme que houve avanços para a categoria, por conta das últimas greves realizadas, Gilmar enfoca a necessidade de maior valorização do profissional da Educação. A última greve dos professores do Estado ocorreu entre março e abril do ano passado e durou vinte dias letivos. Por conta dos dias parados, o calendário teve que ser reformulado e algumas escolas optaram por fazer a reposição de aulas aos sábados, enquanto outras ampliaram a carga horária durante a semana.

Prazo não foi estipulado, diz Ságuas

Para o secretário de Educação, Ságuas Moraes, a questão deve ser tratada com muita responsabilidade. Destaca que o acordo realizado entre o Governo e a categoria vem sendo cumprido e que, na época do acordo, não foi estipulado prazo para o repasse da receita, até o alcance do piso salarial.


Disse ainda que já estava previsto para hoje o envio do ofício para o Sintep com o fechamento da receita do terceiro quadrimestre de 2008 e que pretende sentar novamente com a categoria para conversar sobre a agenda do ano e demais propostas.


Ságuas ainda explica que existe pela frente a crise na economia mundial, mas segundo ele, essa questão não servirá de desculpa para novas discussões em torno de aumento, embora seja necessário manter uma certa cautela. Mas, em relação à ameaça de indicativo de greve, o secretário adianta que em janeiro não existe possibilidade de pagar o piso proposto pela categoria.

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