Implante de novos neurônios faz ratos decidirem melhor

Implante de novos neurônios faz ratos decidirem melhor

Estudo mostra que combinada com exercícios técnica melhora também o humor


O acréscimo de novas células cerebrais a um cérebro envelhecido pode melhorar a memória e a tomada de decisões, revelou um novo estudo.

Ratos adultos com neurônios novos implantados no hipocampo - região do cérebro que controla a memória e o aprendizado - conseguiram diferenciar melhor eventos parecidos e fazer escolhas melhores.

Combinado com exercícios durante um certo tempo, o acréscimo de novos neurônios também causou um efeito antidepressivo, acrescenta o estudo.

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, fizeram com que os ratos produzissem um excedente de novos neurônios no hipocampo.

Eles descobriram que os ratos apresentaram um excelente desempenho ao escolher entre duas experiências, uma tarefa que normalmente se torna mais difícil com a idade e causa de alguns tipos de distúrbios de ansiedade.

Na prática, os ratos conseguiram diferenciar melhor entre uma câmara onde recebiam um choque na pata e outra parecida, onde ficavam seguros.

Cérebros adultos criam neurônios todo o tempo, um processo chamado de neurogênese, mas muitos deles não sobrevivem – algumas doenças, como o Alzheimer, inibem seu crescimento e funcionamento.

A criação de neurônios pode afetar o humor e a capacidade de aprendizado, por isso drogas que possam impulsionar sua criação podem ser úteis em tratamentos de depressão, ansiedade e para combater problemas de memória.

Para melhorar os cérebros dos ratos, pesquisadores chefiados pelo professor de neurociência e farmacologia, René Hen, desligaram um gene que mata novos neurônios no cérebro adulto, permitindo a proliferação de novas células cerebrais nos ratos.

Isso levou a uma melhora na separação de padrões, como distinguir entre as câmaras boa e ruim.

A técnica também pode ajudar no tratamento do PSTD (transtorno do estresse pós-traumático, em português) – esse problema faz com que os pacientes tenham medo e outras emoções ao lembrar de alguma experiência parecida.

- Embora eu possa lembrar o 11 de setembro quando vejo um avião sobre Nova York, consigo reconhecer que é uma situação diferente e lidar com ela de forma adequada, enquanto que alguém na mesma situação, mas com PTSD, pode reviver suas lembranças traumáticas da tragédia e ter um ataque de pânico.

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