31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco

31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco

cigarro pode matar 8 milhões até 2030


O cigarro deve matar em 2011 quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo – dessas, 600 mil são fumantes passivos. O número representa uma morte a cada seis segundos. Até 2030, a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 8 milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo.

A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Dados indicam que metade dos fumantes deve morrer em razão de uma doença relacionada a esse hábito.

No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado hoje (31), a OMS listou avanços no enfrentamento ao cigarro. Entre os destaques estão países como o Uruguai, onde os alertas sobre o risco provocado pelo cigarro ocupam 80% das embalagens. A China, Turquia e Irlanda também receberam elogios por leis que proibem o fumo em locais públicos.

Entretanto, menos da metade dos países que aderiram à Convenção de Controle do Tabaco (2003) e que enviaram relatórios à OMS registraram progresso no combate ao fumo. Apenas 35 de um total de 65, por exemplo, registraram aumento nos investimentos para pesquisas no setor..

Um estudo feito pelo Ministério da Saúde mostra que entre 2006 e 2010 a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. Entre os homens, a queda foi maior – o hábito de fumar passou de 20,2% para 17,9%. Entre as mulheres, o índice permaneceu estável em 12,7%. Pessoas com menor escolaridade - até oito anos de estudo - fumam mais (18,6%) que as pessoas mais escolarizadas - 12 anos ou mais (10,2%).

Dia Mundial sem Tabaco completa 24 anos


O tabagismo mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano no mundo - 200 mil no Brasil. Para combater o hábito de fumar e divulgar informações sobre os males causados pelo cigarro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) institui, desde 1987, o 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco.

 A pneumologista Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, coordenadora do Ambulatório de Tabagismo do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, explica o motivo da dependência: “O cigarro tem nicotina. Essa substância estimula a produção de dopamina e serotonina, que dão sensação de prazer e deixam a pessoa em alerta, ou seja, sensações agradáveis. Mas, depois de uma hora, o corpo sente a falta da nicotina, o que leva o indivíduo a querer fumar mais”.

Apenas 3% a 5% dos fumantes conseguem parar espontaneamente. Os demais precisam de apoio, como um atendimento específico, um centro de tratamento, um médico pneumologista. O tabagismo pode causar câncer de pulmão, de bexiga, de laringe, enfisema e infarto do miocárdio. O fumante passivo também está sujeito a ter essas doenças.

Vera Lúcia Vieira Machado, assistente administrativa, 58 anos, começou a fumar muito nova e manteve o hábito durante 35 anos. Queria parar para preservar a saúde. Com a mudança, diz que melhorou a qualidade de vida, o sono e o paladar. Ela deixou de tossir e sentir falta de ar ao caminhar. “A primeira vez que deixei de fumar foi com uma palestra que assisti no posto de saúde. Parei durante um ano e voltei. A segunda vez foi com minha força de vontade mesmo, e já não fumo há três anos”, conta Vera Lúcia Machado que acredita que fumava por ansiedade.

José Marcos de Melo Pimentel, 58 anos, autônomo, fumou durante 25 anos e resolveu parar por seu filho, que toda noite, antes de dormir, pedia que deixasse o vício. Para ele, a decisão de parar era difícil, mas não impossível e foi um desafio. Atualmente, 11 anos depois de parar de fumar, José Marcos diz que tudo em sua vida melhorou. “Tudo mudou depois que parei de fumar, principalmente a disposição, o apetite, a pele e o sabor dos alimentos que está mais apurado".

Outro exemplo de força de vontade é Julianna Motter, 19 anos, estudante de letras da Universidade de Brasília (UnB). Ela começou a fumar aos 14 anos e decidiu parar por causa da saúde, mas principalmente pela namorada. Há dois meses sem fumar, Julianna conta que o o fôlego e a disposição foram os primeiros benefícios. Acrescenta, porém, que não tem sido fácil. “Eu me tornei uma pessoa mais irritável, em constante TPM [tensão pré-menstrual}. E,quando quase perdi a pessoa que amo, foi ainda mais difícil não me render à nicotina”, disse.

 

Veja no vídeo como a Nicotina torna o seu cérebro dependente e procure ajuda para parar de fumar!

Aproveitando para agradecer a Dr.ª  Solange de Morais Montanha - Pneumologista que me devolveu a vida.

 

 

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