Google – Da pesquisa à realidade aumentada

Google – Da pesquisa à realidade aumentada


É conhecida como a "número um das buscas", ou não fosse o motor de pesquisa mais utilizado em todo o mundo - com larga distância dos concorrentes diretos -, mas nos últimos anos a Google estendeu a sua influência e estatuto a outros campos e hoje é, mais do que qualquer outra coisa, uma "gigante" da Internet.

 

Além das buscas, a empresa atualmente gerida por Larry Page "dá (claramente) cartas" nos mapas, na publicidade, nos vídeos, no correio eletrónico, enquanto vai tentando a sorte noutros campos, como sejam as redes sociais, os sistemas operativos móveis ou a televisão.

Nem sempre os projetos em que apostou deram certo, e prova disso foi a reformulação começada a preparar em julho de 2011, e que levou ao encerramento de serviços como o Google Buzz, o iGoogle ou o Code Search, com o objetivo de concentrar esforços no desenvolvimento de outros produtos.

Do conjunto de serviços a extinguir fazia igualmente parte o Google Labs, que funcionava como uma espécie de incubadora para os projetos da empresa, mas nem por isso a Google deixou de apostar no desenvolvimento de novas ideias, como ficou demonstrado nos últimos dias. E não estamos a referir-nos aos serviços "inventados" para o Dia das Mentiras…

No final do mês de março a número um das buscas publicava online o vídeo de um teste ao seu "carro sem condutor".

Coube a Steve Mahan, um norte-americano que perdeu 95 por cento da visão, ser conduzido pelo conceito de automóvel que a empresa começou a desenvolver em 2010.

O "passeio" neste Toyota Prius especial incluiu a saída de casa para encomendar comida mexicana a um restaurante próximo e a passagem pela lavandaria para recolher a roupa. 

Para que cumpra o seu propósito, o carro sem condutor da Google tem vários sensores e câmaras para registo de imagem e avaliação da proximidade de obstáculos.

Assenta igualmente num sistema de GPS, que inclui informação sobre os limites de velocidade impostos à circulação, assim como todos os dados recolhidos através do Street View.

Se março terminava com a demonstração das potencialidades de um carro capaz de conduzir-se ele próprio, abril começava com o anúncio de uma nova versão do Google ArtProject, que inclui um novo conjunto de parcerias.

Com este serviço, lançado há cerca de uma ano atrás, a Google quer trazer o universo cultural para a Internet, disponibilizando imagens de alta resolução de peças em exposição de diferentes museus, espalhados por todo o mundo e proporcionando visitas virtuais a esses mesmos espaços, entre outros aspectos.

As novidades agora anunciadas contemplam a entrada de 151 novos parceiros em 40 países, entre eles, Portugal com a inclusão do Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea - como demos conta no TeK, esta quinta-feira, no Site do Dia.

O serviço permite que os utilizadores pesquisem conteúdos em função do nome do artista, da obra, do tipo de arte, do museu, da cidade ou da coleção.

Um pequeno veículo denominado "Street View Trolley" tirou imagens de 360 graus do interior dos museus selecionados, que depois foram unidas para permitir uma navegação simples pelas 385 salas dos museus. O interior das galerias também pode ser explorado diretamente através do Street View no Google Maps.

O ArtProject inclui atualmente mais de 30.000 obras de arte apresentadas em alta definição, algumas delas fotografadas em pormenor usando a hiper-resolução ou a tecnologia de captura de fotografia em gigapixels, permitindo que o observador estude detalhes invisíveis a "olho nu", salienta a Google.


 

A semana contínua de novidades da gigante da Internet terminou com um projeto que hoje está na "capa" de todas as publicações de tecnologia que se prezem: uns óculos que integram tecnologia de realidade aumentada.

As capacidades do novo acessório são sugeridas num vídeo, em que se mostra, por exemplo, a possibilidade de conhecer a temperatura exterior quando se olha por uma janela, a troca de mensagens, informação de alternativas quando os transportes que costumamos usar não estão a funcionar.

Os óculos funcionam por comandos de voz e incluem também uma câmara para tirar fotos e gravar vídeos.

Embora tenha oficializado a existência do projeto, a Google ainda não avançou detalhes sobre a disponibilização para venda nem o seu custo. Com a divulgação pretende-se essencialmente recolher opiniões sobre a ideia, referiram os responsáveis pelo Project Glass, no post do Google+ onde o vídeo surgiu pela primeira vez.


 

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