Sacola de plástico agora é ilegal
Projeto aprovado pela Câmara do Rio determina substituição por papel reciclado

Os supermercados e outras lojas vão ter que substituir as sacolas de plástico por embalagens de papel reciclado. É o que determina projeto de lei do vereador João Cabral (PRTB-RJ) que foi aprovado e publicado no dia 2 de abril, no Diário da Câmara do Rio e já tem força de lei. Isso porque o veto dado à proposta pelo prefeito Cesar Maia foi derrubado na Câmara. A lei dá prazo de 90 dias para as empresas se adequarem, mas ainda enfrentará resistências.

O vereador João Cabral defende o valor ambiental da medida e acrescenta que os plásticos aumentam os detritos na cidade e entopem os bueiros, contribuindo para agravar as enchentes.

Estamos falando de um problema de segurança. O saco plástico demora cerca de 50 anos para se desintegrar.

Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio de Janeiro (Simperj), José da Rocha Pinto, diz que a lei é um grande retrocesso.

- Além de desempregar parte dos 900 trabalhadores envolvidos na produção de plásticos no Rio, a lei vai afastar investimentos nas indústrias da Baixada Fluminense e até mesmo do Pólo Gás-Químico que está sendo construído em Duque de Caxias - reclama.

Pinto diz que o Simperj pode entrar com recurso na Justiça para tentar derrubar a lei.

- O departamento jurídico do Simperj está estudando o caso. Vamos entrar com uma argüição de inconstitucionalidade - diz.

De acordo com o Simperj, a produção de uma sacola de papel reciclado gasta até três vezes mais energia do que uma plástica e chega a custar cerca de 20 vezes mais.

O presidente-executivo da Associação dos Supermercados do Estado do Rio (Asserj), Aylton Fornari considera a lei 'impensada', apesar de ter consciência dos problemas criados pelo plástico.

- Não há como produzir sacolas de papel suficientes em 90 dias. Entendo que o plástico deva ser substituído a médio prazo, mas esta lei foi feita de forma impensada.

Fornari também não tem dúvidas de que se a lei não for derrubada, a conta do supermercado vai ficar mais cara, porque o custo da embalagem será repassado aos produtos.

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Data: 18/7/2009
Fonte: JB Online
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