SALVE O ROCK! Distorção, solos e atitude
Foi com uma causa nobre que nasceu o Dia Mundial do Rock: combater a miséria e a fome na Etiópia. O Live Aid, idealizado por Bob Geldof – que atuou no filme “Pink Floyd – The Wall” – e Midge Ure, foi realizado há exatos 24 anos. Foi um dos maiores eventos de música já realizados, e é o motivo de se comemorar hoje o Dia Mundial do Rock.
Depois daí surgiram outros modelos, como a Stratocaster, criado por Leo Fender em 1953. Esse modelo foi imortalizado nas mãos de Jimi Hendrix, e é o modelo preferido, por exemplo, de Yngwie Malmsteen e outros tantos guitarristas.
O corpo, as seis cordas e tudo mais que compõem uma guitarra acaba simbolizando todo o estilo. Há rock sem guitarra – por mais experimental que isso possa parecer –, mas quem gosta do estilo não dispensa uma distorção, solos e a atitude que está atrelada ao rock´n´roll – como incendiar ou quebrar guitarras no palco.
Comportamento
Apesar de o Dia Mundial do Rock ser comemorado há 24 anos, o estilo já é praticado, como se viu, há muito mais tempo. Na verdade ele já é um cinquentão, desses que tem muitas histórias no baú da memória: de discos clássicos, shows antológicos a brigas e conspirações outras – afinal, Elvis morreu? Esse sujeito, um caminhoneiro, é o responsável pelo suposto marco zero do rock: em 1954 ele gravou “That´s Allright Mamma”.
Uma das marcas indeléveis do rock é a mudança de comportamento. Rebeldia era usar os cabelos iguais aos dos Beatles – se bem que os índios do Brasil já passeavam pela floresta com o corte estilo cuia... –, vestir roupas rasgadas, fazer tatuagens ou cantar gritando.
São atitudes hoje tidas até como ingênuas, principalmente se compararmos aos extremismos do black metal, cujos músicos queimavam igrejas na Escandinávia (década de 90). Mas foram tais atitudes que moldaram gerações, que possibilitaram formas conscientes de reivindicações políticas e sociais.
Claro que muitas coisas não mudaram, e o próprio rock foi e é utilizado para propagar preconceitos – há bandas que são associadas ao nazismo ou a outras ideias que o rock vai de encontro, tendo em vista o seu surgimento.
Dead or alive?
Com 50 anos de vida, o rock já passou por altos e baixos, ascensões e decadências. Depois de passar um bom tempo no limbo e voltar ao topo com bandas como – gostem muitos ou não – Nirvana, Pearl Jam e todo o grupo do grunge, o que se vê é que inegavelmente hoje o rock é uma indústria: discos, videoclipes, camisetas e tudo mais que possa ser agregado a uma marca. Imagem é quase tudo.
Por isso muitos dizem que o rock morreu, que virou um acessório de boutique. Outros dizem que ele apenas se adaptou aos novos tempos. Com a internet e a possibilidade de se gravar no fundo de quintal com a mínima qualidade profissional, o rock se expande e ganha milhares de adeptos. Talvez seja esse um sinônimo de que ele está mais vivo do que nunca, ou talvez não.
Aos saudosistas, esse pode ser o indício de uma banalização do rock. Idiossincrasias à parte, não se pode negar o alcance do rock e a sua capacidade de adaptação à realidade de cada tempo. MP3, Napster, torrents e direitos autorais: o rock vai levando tudo isso com relativa tranqüilidade – mesmo que com a barriga de 50 anos regados a sexo, drogas e o que mais estiver ao alcance.
Ao longo desta semana o Folha 3 irá deslindar um pouco de cada estilo e um pouco mais sobre esse vertente musical que atravessou décadas sintonizado com a realidade mundial.




14/7/2009
Tks rock. Led, Sabbath, AC/DC, PF....and more.